Languages: English | Español | Português (Brasil)
Scroll down to read your preferred version.
My name is Fernando Couto, a visual artist born in São Paulo, Brazil, currently living and working in Bilbao. I hold two master’s degrees, one in Painting and another in Increarte, both from the University of the Basque Country, Spain (2022–2023). My artistic practice was initially influenced by the Pixo movement in São Paulo, which shaped my interest in visual arts and muralism. In 2018, I graduated in Fine Arts from the University of Vigo, Galicia, and have participated in several group exhibitions in Galicia and the Basque Country, including the Certamen de Artes Plásticas Novos Valores at the Museum of Pontevedra. I was also awarded the Banco Santander scholarship for international mobility.
Over the past three years, I have been developing a series of paintings that explore both the technical aspects of painting as a medium and its conceptual connections with different disciplines, such as philosophy, literature, and cultural studies. My work initially drew inspiration from urban subcultures and youth movements in Brazil—motorcycle stunts, train surfing, punk rock concerts, and bonfires in the forest—expressed through a fast, raw painting style. However, I soon realized that this approach, when seen from outside Brazil, risked reinforcing a stereotypical image of Brazilian culture. This led me to a deeper exploration of identity, representation, and cultural assimilation.
Influenced by the concept of Antropofagia, my practice evolved into an artistic process of absorbing and reinterpreting global influences, rather than being confined to a singular national or cultural identity. My technique now blends elements of classical European painting—such as glazing, underpainting, landscape painting, and observational drawing—with contemporary digital methodologies, including digital collage, image projection, and editing software. This interdisciplinary approach allows me to create a dialogue between the traditional and the modern, the colonized and the colonizer, and the physical and the digital.
Beyond the materiality of painting, my work engages with themes of movement, energy, and transformation. The brushstroke itself becomes a trace of speed and force, reminiscent of natural and cosmic phenomena—honeycomb patterns, branching trees, electric discharges, and swirling smoke. I am particularly interested in the violence of color and line—not in terms of representation, but as pure sensation. As Deleuze suggests, it is about painting the scream more than the horror itself. My paintings evoke fluidity and combustion, exploring the idea of creation through destruction, with imagery of burning landscapes, dissolving forms, and figures engulfed in flames.
Me llamo Fernando Couto, soy artista visual nacido en São Paulo, Brasil, y actualmente vivo y trabajo en Bilbao. Poseo dos másteres, uno en Pintura y otro en Increarte, ambos por la Universidad del País Vasco, España (2022–2023). Mi práctica artística se vio inicialmente influenciada por el movimiento Pixo en São Paulo, lo cual marcó mi interés por las artes visuales y el muralismo. En 2018 me gradué en Bellas Artes por la Universidad de Vigo, Galicia, y he participado en diversas exposiciones colectivas en Galicia y el País Vasco, incluyendo el Certamen de Artes Plásticas Novos Valores en el Museo de Pontevedra. También fui beneficiario de la beca de movilidad internacional del Banco Santander.
Durante los últimos tres años he estado desarrollando una serie de pinturas que exploran tanto los aspectos técnicos del medio pictórico como sus conexiones conceptuales con diversas disciplinas, como la filosofía, la literatura y los estudios culturales. Mi trabajo se inspiraba inicialmente en las subculturas urbanas y los movimientos juveniles en Brasil —acrobacias en moto, surf de trenes, conciertos punk y hogueras en el bosque— expresados con un estilo pictórico rápido y crudo. Sin embargo, pronto comprendí que este enfoque, al ser percibido fuera de Brasil, podía reforzar una imagen estereotipada de la cultura brasileña. Esto me llevó a una investigación más profunda sobre identidad, representación y asimilación cultural.
Influenciado por el concepto de Antropofagia, mi práctica evolucionó hacia un proceso artístico de absorción y reinterpretación de influencias globales, en lugar de limitarse a una identidad nacional o cultural única. Mi técnica combina actualmente elementos de la pintura clásica europea —como veladuras, underpainting, pintura de paisajes y dibujo de observación— con metodologías digitales contemporáneas, como collage digital, proyección de imágenes y programas de edición. Este enfoque interdisciplinar me permite crear un diálogo entre lo tradicional y lo moderno, lo colonizado y lo colonizador, lo físico y lo digital.
Más allá de la materialidad de la pintura, mi obra aborda temas como el movimiento, la energía y la transformación. La pincelada se convierte en un rastro de velocidad y fuerza, evocando fenómenos naturales y cósmicos —panales, ramas de árboles, descargas eléctricas y humo en espiral. Me interesa especialmente la violencia del color y de la línea —no en términos de representación, sino como pura sensación. Como sugiere Deleuze, se trata de pintar el grito más que el horror en sí. Mis pinturas evocan fluidez y combustión, explorando la idea de creación a través de la destrucción, con imágenes de paisajes incendiados, formas que se disuelven y figuras envueltas en llamas.
Meu nome é Fernando Couto, sou artista visual nascido em São Paulo, Brasil, e atualmente vivo e trabalho em Bilbao. Tenho dois mestrados, um em Pintura e outro em Increarte, ambos pela Universidade do País Basco, na Espanha (2022–2023). Minha prática artística foi inicialmente influenciada pelo movimento Pixo de São Paulo, que despertou meu interesse pelas artes visuais e pelo muralismo. Em 2018, graduei-me em Belas Artes pela Universidade de Vigo, na Galícia, e participei de diversas exposições coletivas na Galícia e no País Basco, incluindo o Certamen de Artes Plásticas Novos Valores no Museu de Pontevedra. Também fui contemplado com a bolsa de mobilidade internacional do Banco Santander.
Nos últimos três anos, venho desenvolvendo uma série de pinturas que exploram tanto os aspectos técnicos da pintura enquanto meio, quanto suas conexões conceituais com diferentes disciplinas, como filosofia, literatura e estudos culturais. Meu trabalho inicialmente se inspirava em subculturas urbanas e movimentos juvenis do Brasil — manobras de moto, surf de trem, shows punk e fogueiras na mata — expressos por meio de uma pintura rápida e crua. No entanto, percebi que essa abordagem, ao ser vista fora do Brasil, corria o risco de reforçar uma imagem estereotipada da cultura brasileira. Isso me levou a uma investigação mais profunda sobre identidade, representação e assimilação cultural.
Influenciado pelo conceito de Antropofagia, minha prática evoluiu para um processo artístico de absorção e reinterpretação de influências globais, em vez de se restringir a uma identidade nacional ou cultural única. Minha técnica hoje combina elementos da pintura clássica europeia — como veladuras, underpainting, pintura de paisagem e desenho de observação — com metodologias digitais contemporâneas, como colagem digital, projeção de imagens e softwares de edição. Essa abordagem interdisciplinar permite criar um diálogo entre o tradicional e o moderno, o colonizado e o colonizador, o físico e o digital.
Além da materialidade da pintura, meu trabalho lida com temas como movimento, energia e transformação. A pincelada torna-se um vestígio de velocidade e força, remetendo a fenômenos naturais e cósmicos — padrões de colmeias, galhos de árvores, descargas elétricas e fumaça em espiral. Interesso-me particularmente pela violência da cor e da linha — não no sentido da representação, mas como sensação pura. Como sugere Deleuze, trata-se de pintar o grito mais do que o horror em si. Minhas pinturas evocam fluidez e combustão, explorando a ideia de criação por meio da destruição, com imagens de paisagens em chamas, formas que se dissolvem e figuras envoltas em fogo.