0

Atende o telefone

200,00

54x45cm
oléo sobre tela imprimada con gesso

🇬🇧 English
This painting — whether it’s a phone up the butt or a butt on the phone — is inspired by the performative series of artist, writer, and performer Carla Diacov, present both in Privacy and beyond. The image, shared with me in confidence by Carla herself, served as the foundation for this painting. It is a metaphor for the connection — or hyperconnection — that we live in today. Or at least, that's how I interpret this image from a great artist I deeply admire.

We’re submerged in a total immersion of constant connection — or disconnection. The phone is off the hook, perhaps symbolizing a person who has tried to call over and over and never gets a response. Tired of the one-sided effort, they receive a butt as the only point of dialogue. It’s absurd, yet profoundly reflective of the world we live in.

Technically, this is an oil painting made with titanium white and zinc white pigments, hand-prepared by me in the studio using linseed oil. It is part of a series of six 60ml tubes of white paint, each with different levels of transparency between zinc and titanium. Over this base, cobalt blue and light turquoise pigments contrast against cadmium reds and a cadmium orange-yellow underpainting.

This is a painting about perversion and the absence of communication. Or maybe about its overwhelming excess.

🇧🇷 Português
Esta pintura — com o telefone na bunda ou a bunda no telefone — é inspirada nas séries performáticas da artista, escritora e performer Carla Diacov, presentes tanto no Privacy quanto fora dele. A imagem, compartilhada comigo em confiança por Carla, serviu de base para a criação deste quadro. Trata-se de uma metáfora sobre a conexão — ou a hiperconexão — em que vivemos hoje. Ou, ao menos, é assim que interpreto a imagem desta grande artista que tanto admiro.

Vivemos uma imersão completa nesse mundo de conexões (ou desconexões). O telefone, aqui, está fora do gancho — talvez representando uma tentativa de comunicação falha, insistente, em vão. Como alguém que liga, liga, e nunca é atendido. E em resposta, o outro disponibiliza apenas seu traseiro como ponto de contato. Uma imagem crua, absurda, e ao mesmo tempo absurdamente real.

Tecnicamente, trata-se de uma pintura a óleo feita com pigmentos branco de titânio e branco de zinco, preparados por mim mesmo no ateliê com óleo de linhaça. A obra faz parte de uma série de seis tubos de 60ml com brancos de diferentes transparências — entre o zinco e o titânio. Sobre essa base, luzes e pigmentos de azul cobalto e azul turquesa claro se destacam, contrastando com vermelhos de cádmio e uma underpainting feita com amarelo-laranja de cádmio.

É uma pintura sobre a perversão e a ausência de comunicação. Ou talvez sobre o excesso dela.

🇪🇸 Español
Esta pintura — con el teléfono en el culo o el culo en el teléfono — está inspirada en las series performáticas de la artista, escritora y performer Carla Diacov, presentes tanto en Privacy como fuera de él. La imagen, compartida conmigo en confianza por la propia Carla, fue la base para esta obra. Es una metáfora de la conexión — o hiperconexión — en la que vivimos hoy. O al menos, así interpreto la imagen de esta gran artista que tanto admiro.

Vivimos completamente inmersos en conexiones (o desconexiones). El teléfono está descolgado, tal vez simbolizando una persona que ha llamado tantas veces sin respuesta. Y como respuesta, el otro solo ofrece su trasero como canal de diálogo. Una imagen cruda, absurda, pero absurdamente real.

Técnicamente, se trata de una pintura al óleo hecha con pigmentos blanco de titanio y blanco de zinc, preparados por mí mismo en el taller con aceite de linaza. Forma parte de una serie de seis tubos de 60 ml de blancos con distintas transparencias — entre el zinc y el titanio. Sobre esta base, destacan los pigmentos azul cobalto y azul turquesa claro, en contraste con los rojos de cadmio y una underpainting realizada con amarillo-naranja de cadmio.

Es una pintura sobre la perversión y la ausencia de comunicación. O tal vez sobre su exceso.